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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pouca poesia e muito sentimento


Eles surgem vorazes,
Estremecidos entre dúvidas e certezas
Que se conversam dentro do ser.
São o cavalo de Troia sem pernas,
Sem soldados sequer.
São eles os sentimentos impuros que
Entremeiam a vida que tenta a pureza.
Mas não vale apenas sentir no mundo hoje,
O que pesa é o fato concreto,
Apesar de estar exposto ao intangível
Das redes sociais.
Os sentimentos explodem como as informações
De todos os meios impossíveis de ser,
E borbulham da pele,
Criando endemias incuráveis,
Como o amor.
Esse amor às vezes frívolo,
Ciumento e quase chulo,
Que faz raiva e seus pulos
Através das horas de cada um.

São eles, ladrões do ser,
Que nos acometem a atitudes questionáveis,
Dignas de arrependimento,
Mas que sem eles,
Também não há graça
Dentro da quase toda desgraça
Que é estar no mundo.

Jane Santos

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sem mais nada que amor


O amor é o oxigênio da alma,
Sem ele não há cânticos,
Nem flores, nem poesia,
Nem tudo quanto nos embeleza a vista
E o ego.
O amor dá vida,
Que digam então os filhos
Dos casais apaixonados,
Da nova ou antiga idade.
Que digam até mesmo
Os filhos das prostitutas,
Perdidas em ruas ou cabarés,
Mas que procriam também,
Portanto amam.
O amor não cabe em palavras,
Não está contido em nada,
Mas, para não errar o amor,
Está contido em tudo,
Porque ele é ao mesmo tempo
A contradição e a razão,
O posto e o oposto
Das vidas que se instalam 
Na Terra
E fora dela,
Nos espaços onde mora Deus.
O amor não cabe nos livros,
Mas que seria do amor sem eles,
Porque conhecer também é amar,
Como diria o poeta, 
"Amar e malamar.
Amar, desamar, amar",
Mas sempre amar.
O amor não cabe nos lábios,
Mas também é profecia e precisa correr o mundo,
Em verbos, provérbios africanos, chineses,
Em beijos, desfechos felizes.

Jane Santos