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domingo, 6 de junho de 2010

Fim de tudo


Não há mais tempo para

Contar histórias,

Tu bem sabes que o fim já chegou.

O fim da linha, do crochê, o fim do amor.

Que mais deveremos de tentar,

De criar, de omitir?

Que mentiras farão sentido agora?

Bem sabes tu que chegou o fim.

O fim do começo, o fim do meio,

O fim de mim.

Bem sabes tu que a música não toca,

Que a roda não roda,

Que a água não ferve.

Que pedras haveremos de jogar?

Que pragas haveremos de rogar?

Para quem?

Tu sabes muito bem

Que o som não ecoa,

Que o vento não sopra

Que o mar não se enfurece.

Ah! E como isso me entristece.

A terra vazia. As gentes vazias.

A história sem letras.

E como isso me é deserto.

E como isso me entristece!


Jane Santos

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