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domingo, 6 de junho de 2010

As vértebras do meu amor


O meu amor sustenta-se

Com teu olhar,

Que vasculha cada canto

Do meu olhar.

Vasculha os reflexos,

O branco e o preto

Do meu olhar.

E o amor que crio

Sustenta-se com as insinuâncias,

Com os convites sem verbos,

Sem concordância,

Com os nossos risos sem fim.

Sustenta-se na tua mão em mim,

Em minhas mãos.

Todas elas se procurando,

Numa carícia ali e aqui,

Rondando pra lá e pra cá,

Nos meus cabelos,

Dedos trêmulos,

Nos meus dedos,

Dedos frios

De medo.

E o nosso amor se alimenta

Desse diário, desse contínuo,

Numa vida igual, e com sentido,

O sentido dos teus beijos, do teu cheiro,

Do teu nome.

O sentido de te amar intensamente.


Jane Santos

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