Pergunto-lhe
como vão as coisas
No dia a dia de
suas coisas,
No decorrer da
sua correria,
E encontro
escondida
Uma lágrima já morta
No seu semblante
pálido,
Face mórbida,
sorriso insosso.
Casas caídas
moram no seu olhar.
Mas você
disfarça
Entre tentativas
infelizes
De decretar
felicidade.
Você se perde,
Pois que ingênua
demais.
E pergunto-lhe
dos filhos,
Das flores, das
datas comemoradas.
E como sei que
dói,
Faço isso de
cruel.
Sei que não há filhos
Estes que se
importem
Com sua solidão.
As flores
assombram sua janela
E as datas
passaram despercebidas,
Sem velinhas ou
rá-tim-buns.
Mas você insiste
Em me fazer crer
Que o insosso do
riso é só aparência.
Mas me disseram um
dia que as aparências enganam.
Jane Santos
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