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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A ti... que sabes


Sem querer abri a porta
da minha vida,
E convidei-te a entrar.
Servi café fresquinho com
rosquinhas amanteigadas.
Fiz-te sala arejada e doce
E falei-te de mim.
Sem querer trouxe-te para sempre,
A comer do meu prato,
A dormir no meu abraço,
A contar segredos declarados.
E chorei uns sonhos perdidos,
E desenhei outros mais coloridos,
Todos sob o jugo teu.

Sem querer,
Fiz dezenas de poesias,
Você como tema e inspiração.
E pensei longamente em tua face
E arrependi-me de amar-te e quer-te tanto assim.
Sem querer, não mais que isso,
Permiti que me desses outros nomes,
carinhosos, íntimos e sinceros.
E deixei que me dedicasses sonos,
e me dedicasses silêncios de olhares.
E me dedicasses tempo para foto,
para poses nuas,
para amor desesperado.
E permiti que te agregasses a mim,
e trancasses a porta
aberta no passado.
E permiti que ficasses,
e que me amasses,
e que me respirasses,
e que me vivesses.

Jane Santos

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