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sábado, 2 de outubro de 2010

Orgânico


O olhar paralisa frente à TV,
É meia noite e o cinema rola,
É meia noite e a barriga cobra.
Pés descalços voam vagarosos no corredor,
À beira do precipício da gula,
Geladeira, geladinha, gelatina.
Que tal um gole, uma mordida?
Afinal, o estômago é vazio.
O cérebro não muito resiste,
E boca pra que te quero minha.

Forrada a barriga exigente,
É meia noite e o sono pesa,
É meia noite e amanhã tem que tem.
Pernas, pra que te quero minhas.
Devagar, num vôo calmo e curto,
O corpo cheio de detritos
Deita à cama.
Oh! Que bom cumprir o dever,
E ver TV,
Comer e dormir feito um porco.

Jane Santos

Um comentário:

Empoemamento disse...

Muito bom!

Gostamos deste espaço, se nos permitir, retornaremos!

Beijos vermelhos,


Mi e ChicO!