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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Dama

Eu sou o que?
Eu sou o que dá pra ser,
E é às vezes de morrer de rir.
Por vezes tem erros,
Mas também acertos,
Consertos meio tortos,
Mas vamos lá! É preciso.
Reciclar, ler livros,
Passar a vista na janela,
Ver o céu que se fecha
Ou que lindo azul-claro
Posa pra fotografia.

Eu sou o que?
Eu sou o que quero ser.
Menina mimada,
Mulher indomada,
Frágil, impositiva.
Sou o que o tempo dá,
O que as pessoas esperam também.
Por mal ou por bem,
Eu vou sendo espinho e flor,
Pecado e pudor,
Vou sendo assim assado,
Meio enrolado nos planos de futuro.
Nos planos de fundo...

Eu sou o que?
Eu sou o mundo,
Aquele que me rodeia,
Muitas vezes me odeia,
Quer cortar minhas raízes,
Minhas asas,
Tirar os risos felizes,
Gargalhadas e engasgos de piadas.
Malfadadas tentativas,
Pois que eu sou o que me vem no destino,
E cair não está no contrato dessa vida.

E sou o pino do sol a arder,
Eu sou a água a ferver,
Eu sou eu e você, como queira.
Eu sou?
Eu sou a virgem e puritana,
Mas também a camélia, a dama,
Mas também o que der na telha,
Nem que me neguem, nem que desamem.
Eu sou?
Eu sou o fiasco e a glória,
A maldade e a concórdia.
Sou o que me servir no momento,
E chorar de arrependimento... pode até ser.

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