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domingo, 5 de janeiro de 2014

De loucos e sábios


Um pouco de louco
Há em todos
E todos sabem,
Mas bem poucos divulgam
A loucura
Da vida,
Da poesia,
Da via expressa para um derramar
De sentimentos n’alma,
Em cada um,
É preciso se deságüe
Em cada um
Um pouco de mágoa, amor
Ou perdão.
Todos tem um pouco de sábio
E sabem,
Mas poucos espalham
Aos quatro ventos,
Seus inventos, mirabolantes
E sem sentido,
E acham ser sabido de menos,
Um hipo-ciência.
Ah! Aqueles loucos e sábios
Que não o são uma vez ao dia,
É possível que se percam
Na monotonia
De ser normal e perfeito.
Fingimento sem porquê.
E se os loucos não enlouquecem outro
E os sábios não inspiram,
É possível que o tempo perca a graça
De ser esse enigma,
Em que emaranhamos e vivemos
Tentando decifrá-lo.
É bom ser um tanto louco,
É bom ser um quanto sábio.

Jane Santos

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