Oh! E colocaram-me entre os loucos.
Loucos varridos, lavados e lustrados.
Loucos de pedra, de madeira e de barro.
Colocaram-me entre os loucos.
E passo na rua
E comigo os trago.
Suas vozes, seus gritos e também os esparros.
Na rua distraía, comigo os trago.
Oh! E penso e existo,
Sem mais nem menos reflito
Que também sou isso: um desvairado.
Contando a história de entes queridos
ou de Getúlio Vargas.
Riscando papel com um dito mal-dito.
Ilustrando batalhas.
E colocaram-me entre eles,
Os loucos varridos, os loucos espanados.
Só peço, meu bem,
Não me amarrem,
Nem camisa de força,
nem calça apertada.
Dê-me voz, sou louco,
Sou algo.
Jane Santos
Um comentário:
Com a sua licença!
Bela poesia, muito bela!
Paseando pela net, viemas dar aqui.
Que bom, que delícia de lugar!
Beijos Vermelhos,
Mi e ChicO!
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